“SEM A BÍBLIA, A EVANGELIZAÇÃO MUNDIAL É IMPOSSÍVEL”
Para John R. W. Stott, “sem a Bíblia, a evangelização do mundo é impossível, pois sem ela não temos nenhum evangelho para levar às nações, nenhuma garantia a oferecer, nenhuma ideia de como fazer a tarefa e nenhuma esperança de sucesso. É a Bíblia que nos dá o mandato, a mensagem, o modelo e o poder de que precisamos para a evangelização do mundo”.
Vamos nos lembrar do texto escrito por Paulo, o apóstolo: “Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.” (Romanos 1.16). Portanto, fica o entendimento da importância de tornar a Bíblia conhecida, lida e compreendida por todos os que estão à nossa volta ou mesmo a milhares de quilômetros de distância. Proclamemos a Palavra de Deus!
Tal qual é a Constituição Federal para a Suprema Corte (a razão de ser), é a Bíblia para Missões, pois o evangelho é a razão de ser da obra missionária. Sem a Bíblia não há igreja, não há a proclamação do evangelho, não há vocacionados e nem chamados ao ministério. Resumindo, sem a Bíblia é impossível missões, pois o insumo e o produto da obra missionária é a Palavra de Deus.
Segundo Stott, a palavra missão não pode ser usada apropriadamente para cobrir tudo o que Deus está fazendo no mundo. No que diz respeito à providência e à graça comum, ele realmente está ativo em todos os homens e em todas as sociedades, quer eles reconheçam isso ou não. Mas esta não é sua ‘missão’. ‘Missão’ diz respeito ao seu povo redimido e o que Deus o manda fazer no mundo. A missão primordial é a de Deus, pois foi ele quem mandou seus profetas, seu Filho, seu Espírito… E “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20.21) … Jesus fez de sua missão um modelo para a nossa… Portanto, nossa compreensão da missão da igreja deve ser deduzida da nossa compreensão da missão do Filho.
Sem a Palavra de Deus não haveria como atender à necessidade desesperadora do homem. O homem, por si só, não tem capacidade de se salvar. Sem Deus, os esforços mais diligentes do homem estão destinados ao fracasso. A rebelião e o pecado provocam a ira de Deus. A ira, palavra praticamente ausente do vocabulário secular moderno, traduz apenas um dos termos bíblicos que expressam a alienação resultante da desobediência do homem à lei de Deus “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3:23). Nesse versículo, temos o significado da origem do pecado com fracasso. Estamos aquém do padrão que Deus requer, portanto, não atingimos o alvo por ele proposto.
O dilema do homem repousa sobre seus atos maus, os quais provocam uma aversão à luz do evangelho (Jo 3:19,20). Ele odeia a única luz capaz de salvá-lo de seu destino. Esta situação não se parece com o vício em drogas, álcool ou tabaco? A condescendência leva a uma escravidão ainda maior. O poder satânico da morte (Hb 2:14) à espera de suas vítimas para devorá-las.
Para SHEDD1 morto no pecado, significa que nenhum esforço pessoal poderá, em tempo algum, nascer no íntimo do pecador de modo que que seja capaz de aproximar-se de Deus. Mesmo que saiba o que deve fazer, é incapaz de fazê-lo. A litania da corrupção humana dos Salmos reitera o fato de que “não há justo”, nem um sequer. Não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis, não há quem faça o bem, não há um sequer (Rm 3:10-12).
SHEDD está, no parágrafo acima, se referindo ao homem natural, morto no pecado. Porque se não houver a Palavra de Deus, que transforma, que salva e dá vida, o homem já está morto. E não há quem faça o bem (se não pela Palavra no coração), pois a natureza humana é corrompida pelo pecado.
Como haver missões sem as Escrituras Sagradas? Ora, é impossível! Vejamos, sem a Bíblia não há o relato da criação do mundo e do homem. A revelação do pecado e as consequências no mundo físico e espiritual. Sem a Bíblia não haveria a história do dilúvio, nem dos patriarcas de Israel (Abraão, Isaque e Jacó), a história de José, e de sua família no Egito. Sem as Escrituras não teríamos a história da escravidão e do êxodo à terra prometida. Sem a Bíblia não teríamos os profetas, os poéticos, os evangelhos, o livro de Atos, as epístolas gerais e o Apocalipse.
Assim como um juiz não poderia julgar sem ter acesso a toda legislação pertinente ao caso, da mesma forma um missionário não poderia evangelizar sem a Bíblia, pois que boa nova poderia anunciar? Que Plano da Salvação poderia pregar? Seria definitivamente impossível anunciar o evangelho, evangelho este que muda o coração do homem, produz a conversão, e transforma todo o ser.
O homem natural é orgulhoso, egoísta, idólatra, pervertido sexualmente, incrédulo, etc. Mas a solução de Deus para o pecado começou lá no Éden, em Gn3:15 “Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”. E nasceu o salvador – Lc 2:11 “ hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor”. E essa mudança de 180º no curso da vida de um ser humano (conversão) só pode ser feita por ação do Espírito Santo, após ouvir a mensagem do evangelho da salvação.
Como vimos é impossível a obra missionária sem as Escrituras Sagradas, porque sem elas não haveria nem igreja para comissionar e enviar missionários ao campo; seria impossível pois não haveria uma mensagem de salvação, o evangelho, e os outros inúmeros textos que falam de Jesus, seu ministério, seus milagres, seus ensinamentos, enfim, não teríamos o Plano da Salvação.
Por fim, o amor e Deus sustenta a evangelização. Deus busca os homens para que possa expressar seu amor e sua compaixão. Em 1 João 4:8 lemos que Deus é amor; isto significa que ele não pode deixar de oferecer o seu dom de amor ao homem transgressor. João 3:16 é uma verdade com o qual estamos tão familiarizados, que há o risco constante que perca o seu impacto. Essa verdade nos lembra a todos que o amor de Deus é de tal modo incompreensível, que nos oferece o melhor dom que Deus tem para nos dar.
A frase de Stott encerra tudo o que se pode argumentar sobre o tema: “sem a Bíblia, a evangelização do mundo é impossível, pois sem ela não temos nenhum evangelho para levar às nações, nenhuma garantia a oferecer, nenhuma ideia de como fazer a tarefa e nenhuma esperança de sucesso. É a Bíblia que nos dá o mandato, a mensagem, o modelo e o poder de que precisamos para a evangelização do mundo”.
Evangelização é a proclamação do Evangelho do Cristo crucificado e ressurreto, o único redentor do homem, de acordo com as Escrituras, com o propósito de persuadir pecadores condenados e perdidos e por sua confiança em Deus, recebendo e aceitando a Cristo como Senhor em todos os aspectos da vida e na comunhão de sua igreja, aguardando o dia de sua volta gloriosa. (Fórmula de evangelização de Berlim, 1966).
Gustavo Maders de Oliveira - Th.M.
15 de junho de 2022.
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