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A Missão de Deus em Lucas 10: Reflexões Missiológicas

  A Missão de Deus em Lucas 10: Reflexões Missiológicas Introdução Lucas 10 é um capítulo essencial para a compreensão missiológica da missão de Deus através de Jesus Cristo. Neste capítulo, Jesus envia setenta e dois discípulos para pregar e curar, destaca a importância do amor ao próximo através da parábola do Bom Samaritano e nos ensina sobre a prioridade da devoção ao visitar a casa de Marta e Maria. Essas passagens oferecem um panorama rico para a reflexão missiológica, mostrando como a missão de Deus é praticada e vivenciada. 1. O Envio dos Setenta e Dois Discípulos Jesus envia setenta e dois discípulos para ir às cidades e aldeias, instruindo-os a pregar o reino de Deus e a curar os enfermos. Este envio em duplas é um modelo de missão comunitária e colaborativa, onde a confiança em Deus e a parceria humana são essenciais. - Missão Comunitária: O envio dos discípulos em pares destaca a importância da comunhão e do apoio mútuo na missão. A tarefa de an...

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Das águas


Gn 1.10 – Ao ajuntamento das águas chamou mares.

Ap 21.1 – E o mar já não existe.


A Palavra de Deus nos diz que “no princípio” Deus criou os céus e a Terra. Por “princípio” entende-se um período anterior ao da “semana” da criação. É um tempo difícil de computar. Nesse tempo tão longínquo Deus cria a terra, que se torna sem forma e vazia após a rebelião da terça parte dos anjos. Por vazia entende-se que não continha as coisas de forma ordenada como temos hoje. Pois ela não era vazia totalmente, é nos dito que o Espírito pairava sobre as “águas do abismo”.

A água estava presente antes da “semana” da criação. Entre os versículos 1 e 2 de Gn 1 há um período incomputável de tempo, onde instalou-se o caos. É a água um dos elementos mais antigos da natureza. Elemento essencial para toda espécie de vida.

Durante a “semana” da criação Deus faz separação das águas, na terra a água formaria rios e mares, no céu estaria em sua forma de vapor, umedecendo o ar. Não havia precipitação de chuvas, mas a terra era regada com uma neblina (Gn 2.6).

A vida vegetal e animal só aparecem no relato depois que o elemento “água” é devidamente distribuído no planeta.

Em vários momentos a água passaria a ser usada como símbolo de vida e de purificação. No deserto Moisés tiraria água da rocha. Naamã, chefe do exército do rei da Síria, se lavaria sete vezes nas águas do Jordão para purificar-se da lepra. Para entrar no Santuário era preciso que o Sacerdote lavasse os pés com a água da pia. João Batista batizava os arrependidos imergindo-os nas águas do Jordão.

No terceiro dia, Deus criou em duas áreas básicas. A primeira foi a união das águas de uma maneira que a terra apareceu, erguendo-se das águas em ilhas, montanhas, pradarias, grandes massas de solo e penínsulas. Ainda há muita especulação entre os homens para ordenar essa parte da criação. Podemos saber, entretanto, que a única revelação sobre essa ordem é a Bíblia e que, por meio do estudo diligente dela, podemos aprender tudo sobre isso, mas não mais do que Deus propôs. No terceiro dia, Deus criou ainda a vida vegetal, uma das maravilhas mais fascinantes do mundo. Esse reino oscila entre magnificentes árvores gigantes, aquelas que são pequenas e carregadas com frutos suculentos e vidas vegetais microscópicas nas profundezas do mar. Há prados de grama, uma grande variedade de vegetais e alimentos em raízes. Não se trata nem de pensamentos posteriores nem de atos aleatórios, mas para servirem de comida para a criação de Deus no quinto dia. Há uma semente minúscula para o menor pássaro, plantas microscópicas para vidas marinhas tão pequenas que nós apenas agora estamos aprendendo sobre sua existência e há alimento suficiente para o mais imenso dos animais.

O mar é uma longa extensão de água salgada conectada com um oceano. O termo também é usado para grandes lagos salinos que não tem saída natural, como o Mar Cáspio e o Mar da Galiléia. O termo é usado num sentido menos geográfico para designar uma parte do oceano, como mar tropical ou água do mar se referindo às águas oceânicas.

Na linguagem apocalíptica de João, o mar simbolizava separação, pois a ilha de Patmos, onde mantinha-se prisioneiro distava dezenas de milhas da costa da Grécia, tornando-se uma barreira intransponível para qualquer que tentasse desafiá-lo.

Se entendermos “mar” como símbolo de separação, agora que o pecado, seus promotores e suas consequências foram banidas, não haverá separação entre o Deus santo e o seu povo. Dessa forma, fica compreensível a expressão de João no versículo 1º do capítulo 21 do último livro. O que passa a existir é o governo espiritual e eterno de Cristo junto àqueles que lhe foram fiéis até o fim.



Prof. Dr. Gustavo Maders de Oliveira

16 de setembro de 2022


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