Missão da Igreja: evangelização de todos os povos
A ordem de Jesus deixada aos crentes, conforme registrada no evangelho segundo Mateus, capítulo 28, versículo 19: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações…”, e a abrangência da Missão, enfatizada no primeiro capítulo do livro de Atos, versículo 8: “… até os confins da terra”, apontam para uma finalidade: a igreja tem a urgente tarefa de ir por todo o mundo e pregar o evangelho a toda criatura (Marcos 16:15). Esse evangelho precisa ser pregado no mundo todo, conforme Mateus 24, versículo 14 (o princípio das dores), para o retorno de Cristo em glória.
A missão primária da igreja é a proclamação do evangelho de Cristo e a reunião dos crentes em igrejas locais (congregações, paróquias), para serem edificados na fé e tornados eficazes no serviço, e assim implantar novas congregações no mundo. A perda do enfoque missionário da igreja, independentemente da orientação (católica, ortodoxa ou protestante) e denominação eclesiástica (Igreja Assembleia de Deus, Igreja Metodista, Igreja Batista, Igreja Presbiteriana, etc) constitui a problemática principal no desenvolvimento da evangelização de todos os povos e, resgatar a missão primária do Povo de Deus na terra é o desafio para a cristandade no Século XXI, e o objeto de estudo deste tema, cujo objetivo está firmado na possibilidade de obter-se uma igreja segundo o propósito original de Deus (uma igreja multiplicadora).
Pela ordem de Jesus, designada Grande Comissão (Mateus 28:16-20; Marcos 16:15-16), todo discípulo, isto é, todo crente em Jesus é um evangelista em potencial (pelo menos deveria ser). Olhando-se para a história eclesiástica, percebe-se que a igreja contemporânea (Séculos XX e XXI) é caracterizada pela apostasia, da “mornidão” espiritual, onde o evangelismo e missões ficaram, quase que prioritariamente nas mãos de missionários vocacionados comissionados, e por evangelistas proeminentes, que pregavam para multidões; na contrapartida, a igreja dos Séculos XVIII e XIX viveu a chamada “era das missões” – foi quando o protestantismo mais cresceu, espalhando-se pelo Ocidente.
Tal qual a igreja de Laodiceia (Apocalipse 3:14-22), a igreja contemporânea ostenta muitas “riquezas”, e perdeu o foco na evangelização. Hoje vemos grandes e imponentes templos, instrumentos musicais caríssimos, equipamentos multimídia de última geração. Percebe-se uma ênfase no louvor, e na pregação daquilo que o povo quer ouvir (o que incha a igreja), e uma pobreza evangelística. E, com exceções, se tem observado muito pouca instrução e investimento em missões, mesmo que locais. A abrangência da missão: Jerusalém, Judeia e Samaria e até os confins da terra (Atos 1:8) não tem sido mais lembrada e ensinada à congregação. O que se vê é que missões estaduais, nacionais e transculturais “é coisa das agências missionárias”, e que recolher ofertas e orar pelos missionários que estão no campo tem sido o bastante. No entanto, a igreja não se envolve de fato nem na missão local, na “Jerusalém”…
Julga-se mister uma grande mudança na educação religiosa. A começar pelos líderes, esses precisam ser preparados para o ministério eclesiástico com uma atenção especial para evangelismo e missões, e a igreja precisa ser preparada e verdadeiramente desafiada a evangelizar; precisa investir nos vocacionados e enviá-los (com a parceria de uma agência missionária) ao campo, sustentar em oração e financeiramente, para a continuidade e manutenção da missão.
A
igreja local pode utilizar da Escola Bíblica Dominical (EBD) para a
qualificação dos seus membros. Pode-se também criar cursos om
line, ou videoaulas em plataformas tipo YouTube. As crianças
precisam aprender a evangelizar desde cedo, como anunciar o Plano da
Salvação. A triste realidade é que hoje nem os adultos sabem usar
o versículo de João 3:16 para evangelizar, obviamente com exceções.
Hoje
a realidade é que poucos estão mesmo comprometidos com Deus a ponto
de sacrificarem algum tempo de suas vidas para fazerem a obra de
evangelização. Obra esta que Cristo e os discípulos deram suas
vidas para realizarem. Atualmente,
cerca de
95% dos crentes de
nossas igrejas, jamais ganharam uma alma para Jesus.
A
Igreja prepara pessoas caridosas, bons dizimistas, crentes assíduos
aos cultos, mas não prepara evangelistas, pessoas capazes de abrir a
Bíblia e apresentar com eficácia o Plano de Salvação para o
perdido.
Se
a seara é grande e os trabalhadores poucos, há de se desafiar
os crentes
a trabalhar na evangelização em sua igreja, levando toda a
congregação a despertar para essa grande necessidade.
É
muito importante que todos da equipe tenham os mesmos objetivos
(alcançar vidas para Cristo). É redundante, mas a missão primária de igreja é missões!
Porto Belo, 13 de novembro de 2023.
Gustavo Maders de Oliveira - D.Miss.
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