Da simplicidade do Evangelho
A ordem de Jesus:
¹⁵ E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
(Marcos 16:15)
Da obrigação do apóstolo:
¹⁶ Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho!
(1 Coríntios 9:16)
De que evangelho o apóstolo Paulo estava se referindo? Ao evangelho (boas novas) da graça, da salvação em Cristo Jesus:
¹⁶ Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
¹⁸ Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
(João 3:16,18)
Mas...
¹³ Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
¹⁴ Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?
¹⁵ E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas.
¹⁶ Mas nem todos têm obedecido ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem creu na nossa pregação?
¹⁷ De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.
(Romanos 10:13-17)
“Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”, e a fé vem pelo ouvir da Palavra de Deus. Acontece que a religiosidade é a barreira que impede que pessoas tenham um relacionamento com Cristo, pois a simplicidade do evangelho não cabe na complexidade da religião. O evangelho é simples, a religião é complexa, sistematizada, ao ponto de ofuscar a singeleza das boas novas da salvação mediante a graça de Jesus. O evangelho é cristocêntrico, enquanto que a religião cristã, em todas as suas formas de expressão, nos quase dois mil anos de história vem se mostrando antropocêntrica, carnal, sem comunhão com Cristo. A religião busca incessantemente poder, materialismo, disputas, porfias, em teologias desprovidas de graça, de perdão, sem “visitar os órfãos e as viúvas”, e “guardar-se da corrupção do mundo” (Tiago 1:27). É necessário reaprender com a igreja primitiva, apostólica, do 1º século:
⁴² E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
⁴³ E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.
⁴⁴ E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.
⁴⁵ E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.
⁴⁶ E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,
⁴⁷ Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.
(Atos 2:42-47)
Palavra-chave: testemunho. Os primeiros cristãos “caiam na graça de todo o povo”, e diariamente pessoas se convertiam pelo testemunho da igreja (Atos 2:47). Qual é o testemunho da igreja hoje? Pessoas se convertem ao verem nosso proceder? Acho difícil! Mais fácil o exatamente contrário...
É dito que a igreja é a contracultura à cultura do mundo, mas isso não é verdade. Antes fosse…! A secularização da igreja existe desde a sua estatização no 4º século. O que ocorre, na verdade, é a adequação, conformação da doutrina cristã ao mundo. Isso acontecia no passado e ocorre no presente, a corrupção moral dos líderes religiosos de todos os segmentos, se amoldando aos parâmetros sociais e filosóficos seculares, mesmo que distanciando a igreja do evangelho de Cristo. Onde existe o radicalismo há excessos, mas onde há o liberalismo existe a secularização exacerbada. Ambos os extremos são nocivos ao evangelho, isto é, ambos afastam as pessoas da graça redentora de Jesus.
Importa que o evangelho da graça seja pregado aos confins da Terra, para a parousia de Cristo:
¹⁰ Mas importa que o evangelho seja primeiramente pregado entre todas as nações.
(Marcos 13:10)
O segundo advento de Cristo está condicionado a alguns fatores, sendo o principal deles a pregação do evangelho a todas as nações (etnias). Há ainda um terreno vasto, que constitui um verdadeiro desafio missionário para a igreja militante. São centenas de povos (etnias) ainda não alcançadas pelo evangelho, com destaque para os muçulmanos, os budistas, os hindus, os animistas, os xintoístas, e muitas nações indígenas, espalhadas pelo mundo todo. Alguns poucos milhares de missionários estão cumprindo o “Ide”, anunciando o evangelho aos confins da Terra.
Cabe à igreja (nós) aprender com os cristãos primitivos, para que o evangelho seja transmitido pelo testemunho, para que a Palavra de Deus seja compreendida e promova mudanças de vida, para que promova a fé no Salvador Jesus Cristo, o qual deu a vida pelos nossos pecados e nos perdoou, tornando-nos filhos de Deus por adoção (João 1:12). Amém!
Gustavo Maders de Oliveira – D.Miss.
15/01/2024
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