CARTA À IGREJA EM LAODICEIA
(Apocalipse 3:14-22)
Esta carta e a da igreja de Sardes são as duas mais duras dentre as sete enviadas às igrejas da Ásia Menor. Primeiramente Cristo se apresenta como o Amém, isto é, imutável em natureza, propósitos e promessas. Ele é também genuíno, como tratado na carta à igreja em Filadélfia, testemunha verdadeira e origem de todo o processo criador (v. 14), sobre a última característica veja Colossenses 1:15-18.
Laodiceia, em grego Λαοδίκεια, na atual Turquia, era muito próspera do ponto de vista comercial. Por situar-se num entroncamento de estradas que cortavam quase toda a Ásia, tornou-se importante centro bancário. Era uma cidade muito rica. Além de terras férteis, o que incrementava o comércio, a indústria têxtil também era muito forte. Devido à sua topografia a água que a ela chegava, por meio das tubulações, vinha morna, sendo imprópria para o consumo imediato.
Antes de continuarmos o estudo, faço a seguinte pergunta: quem está do lado de dentro e quem está do lado de fora de sua igreja? A igreja em Laodiceia deixara Cristo do lado de fora e colocara a indiferença, o orgulho, a vaidade e outros males do lado de dentro. O pior é que deixou Cristo do lado de fora e fechou a porta. Os membros daquela igreja sofriam de cegueira espiritual. Devido à vaidade a igreja não se dera conta da verdadeira situação, suscitando a observação divina: “Não sabes que é um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu (v. 17). Se não houvesse arrependimento verdadeiro, Cristo iria demonstrar todo o seu desprazer (v. 15 e 16), vomitando-a de sua boca, pois lhe causava náuseas. Com base no seu amor incondicional (v. 19). o Senhor dá oportunidade para o arrependimento. Aconselha a igreja a comprar ouro refinado para que entenda a verdadeira riqueza espiritual, vestes brancas para cobrir a nudez espiritual e colírio para capacitá-la a ver as realidades espirituais (v. 18). Ao vencedor seria dado o direito de se assentar com Ele no Seu trono, isto é, compartilhar a vitória eterna de Cristo.
Aplicações para a vida:
O culto se torna “oco” quando Cristo não é lembrado. Mesmo assim Ele está à porta e bate (v. 20). Quando a igreja O deixa entrar, ela passa a se entender como igreja e o culto se torna verdadeiramente culto (não show, ou palestra motivacional). Isso porque quando Cristo está presente há vida e plenitude de comunhão. Adoração em espírito e em verdade.
Não há nada de errado em se construir “mega-templos”, muito confortáveis, com tecnologia de ponta, instrumentos caríssimos, etc. O erro consiste na perda do enfoque missionário, razão de ser da igreja, enfatizando ser “igreja para a igreja”, em vez de ser “igreja para o mundo”, pois, afinal, a igreja existe para anunciar o Evangelho, as “boas novas de Jesus Cristo”, até que Ele venha. Pense nisso!
Porto Belo, 8 de outubro de 2024.
Dr. GUSTAVO MADERS DE OLIVEIRA
Teólogo e Missiólogo
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